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quarta-feira, abril 24, 2024
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Como contornar os imprevistos na logística de Cold Chain e evitar prejuízos?

A grande dificuldade de transportar produtos com controle de temperatura é chegar ao destino final mantendo as características de temperatura sem risco de perdê-la. Por isso, para manter a refrigeração é preciso pensar em todas as possibilidades críticas possíveis para garantir as condições ideais de temperatura.

Afinal, uma adversidade impacta em alto custo logístico. O distribuidor que recebe um medicamento fora das especificações e por isso, inutilizável, devolve o mesmo, e a logística reversa vai custar uma nova entrega, novos insumos, retrabalho, imagem da empresa, e falta de abastecimento do mesmo.

Por outro lado, se um imprevisto faz com que o produto atrase, sem uma embalagem que suporte um tempo maior na temperatura ideal, além da perda de material, sempre haverá um paciente à espera da medicação. Um exemplo são medicamentos essenciais para saúde do paciente, que são importados e demoram cerca de meses para chegar desde que saem do laboratório fabricante.

“Um plano B é pensado dentro de algum cenário especificado pelo cliente, que faz uma análise de quais riscos ele quer enfrentar, e quais ele quer mitigar.” explica Liana Montemor, farmacêutica e gerente de desenvolvimento estratégico em Cold Chain do Grupo Polar, maior empresa no segmento de elementos refrigerantes e soluções para transporte de medicamentos.

O Laboratório Valida, do Grupo Polar, possui câmaras térmicas capazes de executar testes em perfis de temperatura que vão de -10 a +50°C, com equipe especializada e a qualificação térmica das caixas conforme registro do produto evita excursões, em diferentes elos da cadeia: desde o laboratório fabricante até o momento em que ela é aplicada.

Então se uma entrega está prevista para chegar em 48 horas até o destino final, os especialistas, recomendam uma solução backup que contemple maior tempo para combater eventuais riscos para até 72 horas, ou até mesmo 96 horas que suporte a logística reversa, ou seja, um plano de contingência.

A farmacêutica que é especialista no assunto recomenda caixas qualificadas, com tamanho e materiais mais robustos e que atenda prazos longos, para ajudar a enfrentar alguns riscos como barreiras fiscais, atraso na entrega de mercadoria, ou em uma necessidade de logística reversa por conta de uma avaria ou recusa.

Para que possíveis crises e eventualidades não pare ou impacte nas atividades de armazenagem e transportes, a AGV Logística, cliente e parceira do Grupo Polar, tem um sistema de gestão de qualidade chamado Business Continuity Plan (BCP), em português Plano de Continuidade de Negócios, que desenha alternativas mediante algum contexto.

“Diante da crise existe uma metodologia de contenção das operações para que elas continuem funcionando dentro da maior normalidade possível, mesmo diante de uma crise tão grave como foi a paralisação dos veículos.” cita Kleber dos Santos Fernandes, Head of Quality and Management da AGV, se referindo a última greve em que as estradas foram paralisadas por caminhoneiros durante 10 dias em todo o Brasil (maio de 2018).

Dessa forma, a análise das embalagens e transporte são pensados e qualificados de acordo com o cenário em que o produto vai passar, baseado nos parâmetros do “Guia para Qualificação de Transportes de Produtos Biológicos” da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2017.

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