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sábado, abril 20, 2024
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Doar sangue: um gesto que salva vidas

Se há um gesto que nos dignifica é entregarmos o nosso próprio sangue para salvar alguém. Esse não é apenas um ditado, mas uma realidade vivenciada por todos nós, médicos e profissionais da saúde, nas emergências e centros cirúrgicos.

O período de inverno é marcado por uma menor oferta de candidatos à doação, agravando um problema crônico e relevante para o sistema de saúde: o baixo estoque de sangue e hemoderivados. O cenário é preocupante há bastante tempo, mas ficou ainda pior por conta do receio de boa parte da população fazer doação na pandemia e, nos últimos meses, são constantes os apelos dos bancos de sangue dos grandes hospitais e dos hemocentros para que as pessoas sejam solidárias. Por isso, fazemos esse apelo para ampliar a captação de sangue nesse período e, ao mesmo tempo, incentivar a população a tornar a doação uma prática corriqueira.

O Ministério da Saúde, visando a segurança do candidato à doação e de quem receberá o sangue, recomenda protocolos rígidos a serem seguidos, com requisitos e contraindicações bem definidos. Após ser cadastrado e ter seus sinais vitais aferidos, todo doador deve passar por uma entrevista de triagem, realizada por um profissional de saúde, onde são averiguados seu histórico médico, hábitos de saúde e condição clínica.

Os quesitos necessários incluem estar em boas condições de saúde, idade entre 16 e 69 anos, peso mínimo de 50 kg, estar descansado (dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas) e alimentado (evitar alimentos gordurosos e aguardar até 2 horas para a doação). Pessoas acima de 60 anos só podem ser candidatas se já tiverem doado sangue alguma vez antes dessa idade. Pessoas com menos de 18 anos precisam estar acompanhadas dos responsáveis ou com formulário de autorização.

Já as restrições para doação de sangue compreendem ser diagnosticado com anemia no teste realizado imediatamente antes da doação, estar com hipertensão ou hipotensão arterial no momento da doação, sentir aumento ou diminuição dos batimentos cardíacos no momento da doação e ter febre no dia da doação.

Convém lembrar que o procedimento de coleta de sangue ocorrem de forma bastante segura e leva de 8 a 12 minutos. Todo o material utilizado é estéril e descartável. Não há risco de contrair doenças doando sangue. Além disso, o volume de sangue doado é reposto naturalmente pelo organismo em menos de 24 horas.

Mais do que ajudar o próximo, a doação de sangue é um gesto solidário que pode salvar vidas!

Dr. Gerson Junqueira Jr.

Presidente

Associação Médica do Rio Grande do Sul

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