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O papel essencial das válvulas na produção de vacinas, como a da dengue

Empresa alemã, com unidade no Paraná, é responsável pelas válvulas usadas pela farmacêutica japonesa Takeda, que está produzindo o imunizante Qdenga

O primeiro lote  da vacina contra a dengue chegou ao Brasil no final de janeiro e faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas sem custos ao governo brasileiro pela farmacêutica japonesa Takeda. O Ministério da Saúde informou que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante —chamado Qdenga— disponibilizadas pelo fabricante para este ano. Elas serão entregues em etapas até o mês de novembro. A previsão do governo é vacinar cerca de 3 milhões de pessoas em 2024.

A organização para distribuir essas vacinas é praticamente a última etapa de um processo que começa com as pesquisas científicas até chegar na produção, especificamente. É nessa etapa que as válvulas desempenham um papel essencial para garantir a qualidade da vacina que vai ser oferecida para  a população.

A empresa alemã Gemü, referência mundial na produção de válvulas para indústrias dos mais variados setores, vendeu diversas válvulas para a unidade da famarcêutica Takeda, em Singen, na Alemanha, para a produção da vacina QDenga.

A Gemü tem uma unidade em São José do Pinhais, no Paraná. Segundo Hans Paul Mösl, gerente geral de vendas da área farmacêutica, alimentícia e de biotecnologia da empresa no Brasil, toda fábrica de medicamentos utiliza água pura ou WFI, que é água para injetáveis.

“Os injetáveis precisam de uma água super pura nos processos de fabricação de medicamentos. É para garantir essa pureza que a válvula diafragma é utilizada”, diz Mösl. Homologada por empresas internacionais, a válvula diafragma permite uma drenabilidade total de toda a água que passa pela tubulação.

“Quando isso não acontece, a água parada pode causar contaminação. Nossa válvula é a única 100% drenável e garante a segurança na produção de injetáveis, como a vacina ”, explica o gerente geral.

Outro cuidado das farmacêuticas, segundo o especialista, é com a qualidade do material das válvulas.

“A certificação desse material é essencial, porque precisa ser aço inox 316-L e as vedações precisam suportar pelo menos 131 graus Celsius, para garantir a completa esterilização do processo. As válvulas da Gemü suportam interruptamente até 150 graus Celsius”, afirma Mösl.

As válvulas e a vacina contra a Covid-19

Assim como se faz presente na produção de vacinas como a da dengue, a Gemü foi uma das empresas que participaram do processo para fabricação da vacina contra a Covid-19. Na pandemia, a matriz da empresa, na Alemanha, desenvolveu, em apenas quatro semanas, todas as válvulas da linha de geração e produção de água pura (PW) e água de injetável (WFI) do CPMV. Elas foram enviadas para a sua unidade brasileira realizar a soldagem, o polimento mecânico e o eletropolimento, eliminando a possibilidade de contaminação por acúmulo de líquido no interior das válvulas por onde passariam os insumos da vacina contra a covid-19.

“Nosso desafio era garantir que as válvulas e outros equipamentos de medição e controle usados nesse complexo tornassem a planta uma referência tecnológica no Brasil e no mundo”, conta Mösl.

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