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quarta-feira, abril 24, 2024
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Processo inovativo nas bioindústrias no Amazonas é alvo de estudo

Qual segmento que trabalha com produtos naturais com valor comercial que apresenta mais atividade inovativa, o de fitoterápicos ou o de cosméticos? Para responder a esse e a outros questionamentos, a mestre em Economia dos Recursos Naturais, Rosana Zau Mafra está desenvolvendo, com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), um estudo para identificar a incidência do processo inovativo nas empresas sediadas no Estado com foco nos segmentos de produtos naturais. O trabalho deve ser concluído em 2017.

Segundo a pesquisadora, ainda que a concepção original da bioindústria enfatize o  uso da biotecnologia moderna nas mais diversas atividades produtivas, para fins desta pesquisa, no contexto local, esta se caracteriza pelo uso da biodiversidade no estado in natura ou submetida a processos de beneficiamento simples, como cortar, polir, lixar, pintar, secar etc.

Integram a bioindústria local os seguintes segmentos: fitoterápico, alimentos e bebidas e cosméticos. “Tradicionalmente, no Amazonas, os segmentos que utilizam produtos gerados da biodiversidade (no caso, com pouca complexidade técnica,) tais como o de cosméticos, fitoterápicos, alimentício e agrícola compreendem a bioindústria local”, disse Rosana Zau.

O estudo pretende contribuir para destacar a potencialidade dos empreendimentos amazonenses.  “Esta pesquisa busca, por meio de análises econômicas, mostrar o potencial que estes empreendimentos podem ter, caso a cooperação com as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) seja estimulada”, disse a pesquisadora.

Mapeamento dos empreendimentos

O projeto está na fase de mapeamento dos empreendimentos que desenvolvem atividades com produtos naturais e que se encaixem no conceito de bioindústria, de acordo com a pesquisadora. O mapeamento compreende tanto empreendimentos da Região Metropolitana de Manaus (RMM) quanto dos demais municípios do interior do Estado. A ideia é que as informações adquiridas subsidiem a criação de literatura que poderá ser usada pela sociedade civil, empresas e academia.

“Vislumbra-se que os resultados provenientes da pesquisa sejam divulgados tanto para os empreendimentos que atuam com produtos naturais de valor comercial (e que, inclusive, subsidiarão esta pesquisa com dados) quanto para a sociedade civil e comunidade acadêmica. Essa divulgação poderá ser em formato de livro e de artigos de cunho científico. O mais importante é abrir oportunidades para que outros pesquisadores desenvolvam trabalhos nessa linha de pesquisa”, conta a Rosana Zau.

A pesquisadora contou que a literatura vem mostrando que a interação entre o meio acadêmico e o mercado traz grande benefício quanto ao aspecto inovativo. Nesse sentido, ela acredita que, com o resultado da pesquisa, os empreendimentos que integram a bioindústria, em conjunto com as ICTs, tenham um estímulo ao desenvolvimento de tecnologias que visem ao progresso dessa indústria.

Fonte: Portal Amazônia

 

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