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terça-feira, abril 23, 2024
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Ações para garantir a durabilidade de vestimentas de salas limpas

Não basta adquirir vestimentas de alta qualidade. É necessário saber usá-las e mantê-las. Um dos fatores que ajudam a manter a durabilidade da vestimenta é usar o tecido adequado no ambiente adequado.

Foto: Divulgação MPW

“Muitas vezes observamos que os desgastes de algumas peças são ocasionados por mau uso ou por conta do tamanho inadequado, que podem causar rasgos, microfuros e outros defeitos que venham a inutilizar a vestimenta”, reume Erick Kovacs, Supervisor Nacional de Vendas – Cleanroom da Alsco.

Outro fator que garante e prolonga a vida útil da vestimenta, segundo Kovacs, é o processo de higienização, em que devem ser utilizados produtos e fórmulas químicas validadas para não agredir a fibra do tecido, aumentando a vida útil do mesmo. “Por fim, a secagem, que deve estar na temperatura ideal mantendo a integridade da vestimenta”, diz.

Geraldo Cardoso – Gerente de QSMS da Globaltex, conta que na fase inicial da aquisição dos serviços da empresa e antes da execução destes serviços, são levantados dados da utilização do uniforme junto ao cliente, como a área em que ele será utilizado, quais matérias-primas e insumos a que ele ficará exposto e tipos de resíduos. “Estas informações são fundamentais para que possamos realizar estudos e testes para definir os programas de higienização que serão mais eficientes, de acordo com a característica de cada tipo de uniforme, com o menor desgaste possível devido à ‘agressão’ feita ao uniforme pelos procedimentos de higienização, para obter assim uma maior durabilidade”, explica.

“Também enfatizamos bastante junto ao cliente a importância de serem respeitadas as nossas recomendações com relação à correta utilização, ao armazenamento dos uniformes em local adequado, acondicionamento e forma de envio à empresa para a higienização”, complementa.

Eiric Manrich, gerente comercial MPW, explica que muitos processos exigem que a vestimenta seja estéril. O processo de esterilização, segundo ele, pode reduzir muito a vida útil do uniforme, principalmente a esterilização via autoclave. “Deve-se utilizar o binômio de tempo-temperatura menor possível no processo de autoclavação. Dessa forma é cada vez mais comum a utilização de esterilização química via gás óxido de etileno (EtO), que mantém a vida útil normal da vestimenta sem agredir a cadeia carbônica do poliéster”, diz.

No entanto, José Carlos, da ZS Roupas Especiais, alerta:  “Cabe salientar que o EtO, além de extremamente volátil, explosivo e cancerígeno, está sendo abolido nas industrias farmacêuticas de alta tecnologia. A autoclave ainda é o meio mais seguro e eficiente para se obter o  produto esterilizado. O uso de Irradiação Gama (Cobalto 60) também é muito indicado, porém, o custo e a logística entre a empresa que fornece esse serviço e as lavanderias Salas Limpas acaba tornando a tecnologia muito onerosa”, explica.

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Processo de higienização é fundamental. Divulgação Globaltex

Produtos químicos inadequados, processos de higienização e secagem mal dimensionados em equipamentos de lavanderia não específicos para vestimentas de salas limpas também influenciariam na durabilidade das vestimentas. “Outro aspecto é a forma correta de vestir e remover as vestimentas, pois caso haja displicência por parte do usuário ele pode forçar a roupa e danificar pontos críticos como carrinho de zíper, fecho de regulagem de bota, fitilho de aperto do capuz, etc.”, afirma Manrich.

Miriam Zanardo, da divisão de Novos Negócios  da ZS Roupas Especiais, diz que a durabilidade das vestimentas está diretamente relacionada com a composição do enxoval  a ser utilizado pelo operador, qualidade do tecido e aviamentos específicos, higienização por empresas profissionais  e, finalmente, a esterilização do conjunto antes do uso.

Luiz Nascimento, da Cotebras, ressalta que a maioria dos uniformes para salas limpas pode ser lavada e reutilizada. “Em alguns casos trabalhamos com materiais termossensiveis, entre eles o polietileno e polipropileno. Nestes casos utiliza-se agentes esterilizantes com baixas temperaturas, entre eles, óxido de etileno, gás plasma, radiação gama etc.”

A temperatura de esterilização, diz Nascimento, não deverá ser superior á 60º C. Segundo ele, a reutilização de um uniforme descartável é mais complicada: “depende do uso, grau de risco, procedimento de cada estabelecimento. Já os kits produzidos em tecido com fibras sintéticas poderão ser reutilizados. Os produtos em polietileno e polipropileno  não deverão ser lavados, perdem as características e propriedades, mas podem ser esterilizados”.

Redação: Alberto Nascimento – Portal Boas Práticas

 

 

 

One thought on “Ações para garantir a durabilidade de vestimentas de salas limpas

  • oliveiro matias neto

    Gostaria de saber que tpo de material é este no uniforme de sala limpa

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