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quinta-feira, abril 18, 2024
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Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto conclui primeira fase do projeto de transformação digital

Projeto tem cinco anos de duração e prevê a implementação do SAP S/4HANA, modernização de 47 sistemas legados críticos de gestão hospitalar e ferramenta de inteligência artificial, como por exemplo, o CHATBOT.

O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP) está em processo de conclusão da primeira fase de seu projeto de transformação digital. Anunciado há um ano e meio, o projeto realizado em parceria com a T-Systems Brasil, provedora alemã com amplo portfólio digital de soluções e serviços de TI, começa a apresentar os primeiros resultados práticos.

O chamado projeto IRIS (Inteligência de Resultados e Integração de Sistemas) tem duração prevista de cinco anos para que todas as suas entregas sejam realizadas.

De acordo com Carlos Eduardo Carvalho, head da área de soluções digitais da T-Systems e um dos responsáveis pelo projeto, o HCRP já está preparado para colocar em operação parte das aplicações modernizadas até o momento, além de fazer uso da nova infraestrutura em cluster, bem como aproveitar os benefícios do simulador humano de conversação, o chatbot.

“Estamos utilizando a metodologia Ágil e isso nos permite trabalhar em diversas frentes em paralelo, ou seja, estamos em processo de homologação das entregas já realizadas e modernizando novos sistemas legados ao mesmo tempo”, revela o executivo.

Carvalho lembra também que pelo tamanho e complexidade do projeto, ele foi dividido em quatro grandes pilares. O primeiro deles é a infraestrutura, que foi projetada para suportar grandes volumes de transações de dados relacionados aos processos administrativos, de gestão hospitalar e acadêmicos da instituição.

Esta infraestrutura em cluster roda em ambiente de nuvem T-Systems e engloba três grandes data centers e diversos servidores físicos e virtuais que hospedam soluções importantes, tais como: Kubernetes e Hadoop/Data Lake, este último utilizado para a disciplina de ciência de dados, já com previsão de uso para estudos de diferentes neoplasias.

O segundo pilar do projeto é a implementação do SAP S/4HANA, que deverá substituir os sistemas administrativos e financeiros utilizados hoje pelo HCRP. Para tanto, estão previstas as implementações dos módulos FI (Finanças), CO (Contabilidade de custos), PM (manutenção), MM (Administração de materiais), PP (Planejamento de produção), QM (Qualidade), SD (Vendas e Distribuição), DMS (Gestão de Documentos), BPC (Planejamento Orçamentária), TDF (Solução fiscal), entre outros. Carvalho explica que, sobre este pilar, a T-Systems está em processo de finalização dos levantamentos e execução da fase de realização e desenvolvimentos.

O terceiro pilar previa a implementação de um Chatbot para sustentação do sistema IRIS e o uso de Inteligência Artificial. Seu principal objetivo é dirimir chamados aos operadores, fazendo com que o simulador responda as dúvidas relacionadas aos contextos modernizados e módulos SAP priorizados pelo HCRP. O Chatbot entrará em operação ainda em 2019 e atenderá cerca de 10 mil usuários dos sistemas. “Nossa expectativa é que ele facilite o dia-a-dia na abertura de chamados, funcionando como filtro de primeiro nível”, explica.

O último e mais complexo dos pilares é a modernização dos sistemas legados de gestão hospitalar, que tem como foco 47 aplicações legadas.

Utilizamos o padrão de DDD (Domain-Driven Design); metodologias ágeis e tecnologias atuais como Angular, .NET CORE; bancos de dados diversos, como REDIS, MongoDB e Hive; e ferramentas como KAFKA, Debizium, etc.

Aqui, Carvalho revela que estão sendo trabalhados três grandes contextos. O contexto de TI que foi 100% homologado e está em preparação para entrar em operação em 2019; o contexto de portaria de pacientes que também está em homologação e será implantado este ano, agilizando a triagem de pacientes nas portarias do hospital; e o contexto de Prescrição médica que atualmente está em fase de levantamento funcional.

O projeto

De acordo com o superintendente do HCRP, Benedito Carlos Maciel, o projeto IRIS nasceu da necessidade de aprimoramento do sistema de informações da instituição. “Durante mais de 20 anos investimos em um sistema próprio, mas não estávamos conseguindo acompanhar os avanços e modernizá-lo”, explica.

Maciel tem a expectativa de, ao final do período de implementação, contar com um dos sistemas de informações hospitalares mais modernos do País. Ele lembra que o novo sistema será continuamente modernizado para atender as expectativas de um hospital do tamanho do HCRP.

Carlos Eduardo Carvalho lembra que, uma vez concluído, o projeto do HCRP tem o potencial de impactar indiretamente cerca de 4 milhões de pessoas. Atualmente o hospital é referência da 4ª regional de saúde de São Paulo, que atende 90 cidades da região de Ribeirão Preto.

“Estamos contribuindo para um grande avanço da medicina brasileira, quando tudo estiver em operação, o HCRP será capaz de habilitar um novo modelo de medicina, a chamada medicina personalizada, onde as práticas e decisões médicas poderão ser adaptadas para cada paciente, baseadas em informações genéticas e clínicas de cada indivíduo”, prevê o executivo.

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