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quinta-feira, abril 18, 2024
Segurança dos alimentos

Qualidade Food Safety – Auditoria como Oficina de Melhorias Ferramentas para Segurança de Alimentos e Produtos Sensíveis

Desenvolvimento e sobrevivência são processos evolutivos e permanentes, numa dinâmica manifesta de forma diversa dia a dia. Os processos de criação das pessoas interferem nos processos de criação das empresas. Tais pessoas recebem reciprocamente dessas empresas, influências das suas Culturas, Valores, Crenças e Procedimentos. O balanceamento ideal dessas reações num mercado competitivo Brasil Ordem e Progresso e desafios globais agora ‘era Trump’ rsrs, gera novos padrões.

Empresas que tem habilidade em irradiar suas Missões, Culturas e Valores aos colaboradores e fornecedores, obtém sucesso e evolução, pois o time cresce de forma consciente e profissional, com oportunidade de aptidão numa melhoria permanente e constante de todos, para a Qualidade!

Porém, quando resistências e paradigmas arraigados impedem rumos emergentes, limitando ou atrofiando os processos de Kaizen e Empowerment, empresas estagnam ou pior: andam para trás: retrocedem! Impera a constante falta de tempo e os problemas se mascaram com discussões, ‘achismos’ não investigados e falsos fatos. Surge o “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Podem até haver ‘seguidores’ – mas não líderes. Esse vácuo de profissionais que “fazem as coisas acontecerem” é detectado pelo mercado, pelos clientes que exigem a qualidade anteriormente oferecida e cabe a empresa inteligente adotar ferramentas que gerem mudanças para melhor. Necessário detectar e entender expectativas e acreditar que o sucesso do cliente é nosso sucesso. Em auditorias de áreas sensíveis num foco de diagnóstico e protocolos em Segurança isso é reflexo direto.

No ambiente farmacêutico / alimentício / cosmético, de expressões como PCCs, GMP, HACCP, FSSC, Codex, e GFSI, mais uma sigla é alçada da cartola: o WCM.

Hoje falamos muito em BPF Avançado – ‘só Boas’ não! Precisam ser as Melhores Práticas, o atalho ao futuro urge em antever ferramentas. Sistemas são estudados pelos especialistas na minúcia de passar das ppm (partes por milhão) de falhas, às ppb (partes por bilhão). Muitas empresas atuando nos cenários FSSC / GFSI incorporam na sua cultura corporativa, aplicação do Six Sigma, Manufatura enxuta ou Lean Manufacturing...

O WCM por exemplo é “World Class Manufacturing“ ou “Produção de Classe Mundial“. Ferramenta para líderes, filosofia de gestão que objetiva obter os melhores níveis de desempenho, perto da excelência. Não uma simples excelência em âmbito regional, mas pensando e agindo grande, em esfera de país, continente, uma excelência global! Filosófica porque não é o ‘Estado ou a firma’ que fará isso acontecer – é o espírito das pessoas numa índole para o melhor.

Requer foco no cliente e resultados. É sedimentada no pensamento dinâmico, cresce da tentativa e erro, evolui c/ auditorias técnicas, lapida protocolos e se cristaliza na maturidade dos valores da empresa. Vivos, processos estudados e melhorados dia a dia.

Incorpora Kaizen, quebra de paradigmas (ruptura de rotinas) e rigorosa medição / análise de falhas. Sua aplicação é totalmente factível no Controle de Contaminação e Infestação de alimentos e cosméticos, pois requisitos hoje contemplam detalhes ínfimos de segurança numa escala de discussão mundial como biossegurança, sustentabilidade, planos de contingências, análise de vulnerabilidades…

Registros de conformidade do sistema aos limites críticos e adequações aos regulatórios internacionais são quesitos mandatórios no comércio global de alimentos e afins. É “Quality Assurance” ativo, gerador de melhorias na excelência em Segurança dos Alimentos e Controle de Pragas em Áreas Sensíveis, via auditoria. Registrou Geoffrey Moore na Harvard Business Review: “Sem inovação não há diferenciação e sem diferenciação não há lucro e receita necessários para atrair investimentos de capital. Cabe aos inteligentes sair na frente, usando a imaginação nesse processo darwiniano”

O pesquisador criativo aplica o Check List de Osborn. Trata-se de ferramenta estimulante da criatividade, metodologia de brainstorming criada nos anos 40 / 50 por Alex Osborn publicitário americano num diagrama para aberturas de centenas de idéias via emprego desse esquema. Para se desenvolver um projeto, são inicialmente formuladas PERGUNTAS BÁSICAS INICIAIS :

  1. Por quê ?                         2. Onde ?                            3. Como ?
  1. Quando ?                         5. O Quê ?                          6. Quem?

Logo após a planificação dessas 6 perguntas básicas iniciais, são incorporadas então as 9 INDAGAÇÕES TÉCNICAS :

  1. > Imagine outros usos, outras aplicações, um brainstorming
  2. > Imagine uma adaptação, um recurso melhor, algo não percebido …
  3. > Imagine uma diminuição, ou redução, uma síntese …
  4. > Imagine uma ampliação ou adição, visualize maior …
  5. > Imagine uma substituição, quebre o paradigma …
  6. > Imagine um rearranjo, um “zoom” de vai e vem na percepção …
  7. 7.    > Imagine o inverso, o imprevisível, antecipe a lei de Murphy …
  8. > Imagine uma combinação, junção sinérgica …
  9. > Imagine talvez deixar como está ou então até como era antes

È feito o registro dessas possíveis proposições. Em seguida, faz-se a combinação, das 6 perguntas básicas iniciais, mais as 9 perguntas técnicas acima, com os                              45 FATORES QUALIFICANTES :

Dimensões Comprimento Largura Altura Profundidade
Extensão Peso Volume Densidade Potência
Tempo Frequência Período Duração Idade
Custo Investimento Renda Movimento Espaço
Cobertura Localização Número Concentração Ordem
Planejamento Controle Estrutura Sistema Capacidade
Recursos Esforço Tensão Intensidade Energia
Velocidade Aceleração Trabalho Pressão Cor
Área Sincronismo Posição Eficiência Atualização

O Check List de Osborn dá 90.558 alternativas a serem estudadas, é programado em software ou usando tabelas pré-escritas numa intersecção dos elementos. Esse conjunto que gera alternativas chama-se Regra Heurística – foca raciocínio p/ soluções.

Um exemplo: Suponha que se queira fazer um quadro de procedimento ou criar uma embalagem nova. Em primeiro lugar é necessário ter um QR (Quadro de Referência), isto é, necessário olhar para vários modelos para ter idéias. Ai é só aplicar os conjuntos de questões. O que sucederá se esta apresentação fosse reduzida? E se invertêssemos essa impressão? O que poderia combinar c/ ela? E se reduzisse esse texto? Ficaria moderno? E se ampliasse a finalidade do assunto? E se rearranjasse a ordem das imagens e letras? E se reduzisse a largura? Um expertise criativo estará sempre se perguntando: Como usar isto de forma  diferente? Quem pode fazer de forma diferente? Quem deve? Quando? Onde? O que pode? E se inverter a maneira velha? A ordem, posição, dimensão? E se combinar movimento c/ espaço? E se ampliar uma parte fraca? Tempo? Estrutura? Ordem? E dividir a forma velha, ficará nova? Assim por diante são milhares de resoluções! É imaginação nos diagnósticos, entalpia de evolução…

O interessante é que empresas Classe Mundial – são formadas por pessoas Classe Mundial! Tais pessoas são especialistas no repertório de ferramentas. Além do WCM, existem as que já citamos na matéria anterior semanas atrás nesta coluna e agora segue complemento de mecanismos nessa caixa de auditoria, que nunca se esgota:

FERRAMENTAS EMPREGADAS EM SISTEMAS DE QUALIDADE E AUDITORIA

QFD (Quality   Function Deployment) – Metodologia p/ saber o que o usuário quer e precisa, traduzindo estas exigências em projeto técnico e requerimentos funcionais. Desdobra estas exigências e traduz p/ peças, processos e controles.
SIX SIGMA (6 α) – Ferramenta que ‘centra’ a distribuição estatística das unidades de desvio padrão do processo, reduzindo limites de especificação. Visa: menores defeitos, redução de custos, de inventário, maior margem de lucro e da fidelidade do cliente.
SWOT – Plano muito utilizado na gestão de avaliação das Forças Fraquezas Oportunidades e Ameaças – Strenghts Weaknesses Opportunities Threats
MESS – Matriz de Gerenciamento de Glen Hofferr. Quadrantes de Avaliação, Seleção e Parada – Manage Evaluate Select Stop
TQM (Total Quality Management) – Administração de todas as técnicas e ferramentas da qualidade para assegurar a melhor performance (zero defeito)
Benchmarking – Técnica p/ identificar melhores práticas do setor e fora do setor. Permite estabelecer plano estratégico baseado na concorrência e suas melhores práticas. Grande fonte de informação p/ melhoria contínua e inovações na forma de operação.
SA 8000 – Requisitos p/ a empresa desenvolver responsabilidade social de forma sistemática.  Norma similar à 9.001 e bases da Organização Internacional do Trabalho.
OHSAS 18001 – Requisitos da Occupational Safety and Health Administration (EUA) para estabelecer e manter um sistema de segurança e saúde dos colaboradores, além de permitir maior produtividade pela melhoria da qualidade de vida no trabalho.
SMARTER – Plano de Ações Medidas Responsabilidades Recursos Tempo Expectativas Resultados / Specifics Measures Accountabilitys Resouces Time Expectation Results
KAIZEN – Metodologia disciplinada de melhoria contínua em qualquer sistema e processo.
5 Porquês – Modelo Toyota de 5 questionamentos sucessivos na busca de causas fundamentais a problemas.
MASP – Método de Análise e Solução de Problemas em 8 etapas, considerando a metodologia PDCA (planejar, executar, verificar e agir) p/ resolução de problemas.
JUST IN TIME – Sistema de gerenciamento integrado que enfoca sequência da produção somente do que é necessário e quando necessário, eliminando o desperdício.
LEAN MANUFACTURING – Mudança organizacional p/ criar o valor do cliente num processo c/ desperdício mínimo. Todo o trabalho pode ser melhorado, todos os processos contém desperdícios e eliminá-los gera o valor real do cliente. Manufatura enxuta.
POKA YOKE (Mistake Proofing) – Qualquer mudança na operação que ajuda o operador a reduzir ou eliminar erros e/ou fornecer o feedback imediato e ação corretiva. Finalidade é impedir que erros continuem no processo ou sejam transferidos para o cliente.
PROBLEM SOLVING / PRISM – Método sistemático para identificar a causa raiz de um problema e para implementar uma solução em eliminá-lo.
CICLO DE SHEWART – Ciclo PDCA. O nome “Ciclo de Shewart” foi dado por Deming, em homenagem ao pioneiro do controle estatístico, Walter Shewart. Os japoneses o denominam de Ciclo de Deming, quem o introduziu naquele país em 1950.
6M / CAUSA E FEITO / Espinha de peixe / Diagrama Ishikawa – Representação de 6 linhas de investigação na detecção de causas de falhas: Materiais, Máquinas, Mão de obra, Meio ambiente, Medição e Método.
Princípio dos 3 Gen – Ir no local do problema > Genba;  Observar evidências ou itens afetados >  Genbutsu; Comprovar o fato > Gensho. Metodologia japonesa sinestésica.
5W 2H – Check list utilizado p/ garantir a operação conduzida sem nenhuma dúvida pelas  chefias e subordinados. What (o que); Who (quem); Where (onde); When (quando) e finalmente Why (por que). O H corresponde a How (como), método para conduzir a operação. Se inclui + um H (How much/ Quanto custa), transforma o 5W 1H em 5W 2H.
SHAKE-DOWN – Método de levantamento de problemas. Cada item de controle cujo resultado não for o desejado constitui um problema.
TOC – THEORY OF CONSTRAINTS (Teoria das Restrições) – Técnica administrativa desenvolvida pelo físico israelense Eliyahu Goldratt, que consiste em identificar e eliminar as restrições (ou gargalos) em todas as atividades do negócio.
HVAC – Heat, Ventilation, and Air Conditioning – Tecnologia para padrões de conforto / especificações técnicas em engenharia de instalações.
FORCE FIELD ANALYSIS – FFA – Análise do campo de forças Kurt Lewin – Para situações de muitas variáveis. Em situação problemática chega-se à análise de equilíbrio das forças opostas e restritivas que inibem a melhoria. Uma balança de prós e contras.
HOSHIN PLANNING (Planejamento de Hoshin) – Processo estratégico onde a empresa desenvolve até quatro declarações de visão que indicam onde deverá estar nos próximos 5 anos. Objetivos e planos de trabalho da empresa são desenvolvidos baseados nas declarações. Auditorias periódicas são conduzidas p/ monitorar o progresso.

 

Bons trabalhos com sua caixa de ferramentas nas atividades de auditoria e em Qualidade com Qualidade de Q maiúsculo !

A manutenção dos sistemas exige ‘Pessoas Classe Mundial’ que dão atenção aos processos e detalhes e utilizam seus recursos, conhecimentos e habilidades em constante evolução de atitudes.

Ter tempo é questão de opção, estar junto a essa evolução é questão de verdade, cumplicidade e desejo.

Pense Nisso, bom estudo!

Prof. José Carlos Giordano – JCG Assessoria em Higiene e Qualidade
umbrellagmp@terra.com.br 11 9.9977-5949

Thelma Carla Mastrorocco

Referências Bibliográficas

  • Glossário da Qualidade Total – QFCO – Belo Horizonte MG
  • Dicionário da Qualidade QAGT Ltda.
  • Dinâmica de Motivação e Sucesso – Maurício Góes
  • Dicionário da Qualidade – Revista Controle da Qualidade
  • Glossário IMAM da Qualidade & Produtividade – SP
  • Cartilhas Técnicas  – Qualidade em Quadrinhos – SP
  • Memory Jogger – Qualidade Ferramentas para uma Melhoria Contínua – Michael Brassard Qualitymark RJ
  • Guia de Resolução de Problemas – Nelson Aparecido Alves Qualitymark RJ
  • Revista Nacional da Carne BTS – Programas de Qualidade e a metodologia MASP Cristiane Marques e Douglas Agostinho – SP
  • www.isoflex.com.br

 

 

 

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