ERP aumenta eficiência do processo e reduz custos
Os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) são sistemas de gestão utilizados para automatizar diversos processos. Abrangem a cadeia logística, qualidade, produção, depósitos, manutenção, SAC, fiscal, financeiro, dentre outros.
A introdução de um sistema ERP em uma empresa pode contribuir de maneira eficaz na melhoria da competitividade de uma indústria das ciências da vida. Como primeiro fator, a necessidade de revermos e documentarmos melhor nossos processos de forma a poder automatizá-los através do Sistema ERP. Com isso, os processos poderão se tornar mais eficazes, mais transparentes, terem maior visibilidade e eventuais deficiências existentes poderão ser eliminadas durante a implantação do ERP.
O ERP traz maior controle sobre os diversos elos da cadeia, introduz ou reforça métricas de controle, possibilita visualização de diversos resultados e eventuais desvios de forma quase imediata. Após a implantação de um Sistema ERP, é possível criar diversos relatórios gerenciais, através dos quais um constante diagnóstico poderá ser realizado e eventuais problemas de custos, eficácia, lucratividade, giro de estoque, produtividade, logística entre outros poderão ser analisados e ações corretivas adotadas de forma a minimizar ou eliminar estes problemas.
O sistema permite a automação de diversos processos relacionados ao Sistema da Qualidade da empresa com enormes reflexos nas Boas Práticas de Fabricação, resultando na maior certeza em relação à qualidade final de nossos produtos. Com a introdução de um ERP, muitas das atividades de Boas Práticas de Fabricação deixarão de ser realizados por controles manuais e processos que demandam dupla verificação, diversas transcrições de informações, erros de interpretação ou erros intencionais. A implantação de um Sistema ERP com base em uma excelente metodologia de implantação documentada, com um forte controle de mudanças durante todo o projeto, com uma robusta etapa de treinamento dos usuários e com diversas etapas de testes durante o desenvolvimento, resultará em um sistema capaz de reduzir os custos relacionados às Boas Praticas de Fabricação e Sistema da Qualidade, ao mesmo tempo em que os torna mais abrangentes e robustos.
A opção por um ERP deve passar cuidadosamente pela qualificação de fornecedores incluindo referências no mercado dos sistemas que já foram validados e deve atender as exigências da Anvisa. O implementador da ferramenta também deve ser avaliado usando os mesmos critérios e boas práticas de Tecnologia da Informação. A Anvisa exige o cumprimento da validação de sistemas conforme preconiza a RDC17/2010, mas a metodologia para cumprir a validação não é uma imposição da Agência Reguladora que, para suportar o mercado regulado, elaborou o Guia para Validação de Sistemas Computadorizados, cuja principal referência foi o guia utilizado internacionalmente – GAMP 5 (Good Automated Manufactuing Practice).
Em resumo, um ERP tem inúmeras vantagens como o aumento da eficiência e redução de custos. Considerando o mercado farmacêutico e correlatos, é possível ligar o ERP outros importantes aspectos como operar com segurança. Por exemplo:
– Uso somente de materiais aprovados e liberados pelo sistema;
– Venda somente de produtos aprovados e liberados pelo sistema;
– Proteção e reprodução da fórmula padrão vigente dos produtos fabricados;
– Compra e recebimento de materiais somente de fornecedores qualificados pela Garantia da Qualidade;
– Controle robusto do estoque de matéria-prima, materiais de embalagem e produto acabado;
– Proteção e uso do conteúdo da Ordem de Fabricação vigente condizente com a versão da fórmula padrão.
– Significativa redução das planilhas eletrônicas
– O ERP ainda soma mais vantagens quando integra outras ferramentas como: LIMS (Laboratory Information Management System); MES (Manufacturing Execution System).
Redação – Portal Boas Práticas
