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domingo, abril 28, 2024
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Grupo Stevanato monta fábrica de embalagem de insulina em Minas

A família italiana Stevanato, uma das maiores fornecedoras mundiais da indústria farmacêutica, se prepara para fazer sua estreia no Brasil com a construção de uma fábrica em Minas Gerais. O plano é que a unidade produza embalagens para insulina para atender ao mercado doméstico e também aos países do Mercosul.

A fábrica está sendo projetada do zero na cidade de Sete Lagoas e receberá um investimento aproximado de € 25 milhões (o equivalente a R$ 108 milhões). A expectativa é que a produção dos cartuchos de insulina tenha início no quarto trimestre de 2017. Na semana passada, um dos executivos e herdeiros do fundador esteve na cidade mineira para a cerimônia de lançamento da pedra fundamental da obra.

O grupo Stevanato, sediado na região italiana de Padova, perto de Veneza, está no negócio de envases de vidro (ampolas, frascos, cartuchos) desde 1949 – primeiro para a indústria cosmética e alimentar e depois para medicamentos, com sua marca OMPI. Hoje, tem entre seus clientes grandes laboratórios, entre os quais a Novo Nordisk, Sanofi, Eli Lilly, AstraZeneca, GlaxoSmithKline, Pfizer e Roche.

Nos últimos dez anos, a empresa registrou aumento de 15% a 20% de suas vendas anualmente. Dos € 20 milhões em 1999, chegou a 2014 com vendas de € 285 milhões. O resultado de 2015 – ainda por ser anunciado – deverá chegar perto dos € 340 milhões, se o padrão de crescimento dos anos anteriores r se mantido.

A opção do grupo pelo Brasil vinha sendo estimulada por clientes da empresa no país, um deles a Novo Nordisk, que produz insulina na cidade de Montes Claros, também em Minas, e desejava ter um de seus fornecedores chave mais perto de sua fábrica brasileira. Os Stevanato vendem seus vidros para laboratórios o Brasil já há alguns anos; mas tudo o que chega ao mercado nacional é importado.

A desvalorização do real acabou favorecendo os planos dos Stevanato de produzir no Brasil porque os produtos que os clientes daqui traziam da Itália de repente começaram a ficar muito caros. Com a unidade brasileira, o grupo passará a ter dez fábricas no mundo. As outras estão localizadas na Itália, Eslováquia, Dinamarca, México e China.

No mercado de embalagens para medicamentos, os Stevanato concorrem, principalmente, com dois grupos alemães, um deles a Schott, que, na América Latina já tem forte presença e com a Gerisheiner.

Fonte: Valor Econômico

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