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sexta-feira, abril 26, 2024
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Por que a Medley promoveu sua diretora de inovação a diretora-geral

Primeira mulher a ocupar o cargo dentro da farmacêutica quer criar uma companhia focada no cliente.

Medley, tradicional empresa farmacêutica no Brasil, decidiu promover a sua diretora de inovação ao cargo de diretora-geral — o que corresponde ao cargo de CEO. A escolhida para assumir essa missão foi a carioca Joana Adissi, primeira mulher a ocupar esse cargo na companhia. Na posição há nove meses, Joana vê com bons olhos a guinada à inovação da empresa e alerta: “a inovação precisa ir além de produto”.

A executiva começou a trabalhar na empresa em 2014, como diretora de inovação da Sanofi, farmacêutica francesa que adquiriu a Medley em 2009. Ao longo da jornada, foi uma das responsáveis por promover a integração de produtos nas companhias. Joana diz que a experiência foi importante para conhecer os times da Medley. “Acho que foi a alavancagem de liderança que mudou a minha carreira”, diz.

Já como diretora-geral, a executiva diz que esses primeiros nove meses na posição serviram para entender o negócio por completo e definir prioridades. Depois de estruturar mudanças no corpo de diretores, Joana quer criar uma companhia focada no cliente. “O que podemos fazer além do medicamento”, diz. Para isso, a empresa tem estruturado iniciativas e campanhas que apoiam o autocuidado do cidadão brasileiro.

Uma das medidas é intensificar campanhas como a do “Hotel do Sono”, iniciativa lançada em 2017 focada em pessoas que sofrem de insônia. Outra delas é uma ação de marketing voltada para quem sofre com depressão. Em março deste ano, a Medley lançou a campanha #PodeContar, disponibilizando uma plataforma online para pacientes diagnosticados com a doença. No site, é possível encontrar conteúdos sobre os tratamentos mais eficazes. “Eu aprendi que inovação tem que ir além do produto, ela tem que ter um impacto social”, diz Joana.

Por isso, a executiva defende que a inovação deve permear a gestão do negócio. Na sua visão, “inovação é questionar status quo”. Sob seu comando, ela quer que a empresa compreenda isso em todas as áreas do negócio: serviço, produto e comunicação.

E é neste processo que Joana vê valor na tecnologia. A ideia é que sob sua gestão o investimento em pesquisa e desenvolvimento aumente. Além disso, a diretora-geral espera usar mais inteligência artificial e big data na análise dos seus negócios. Hoje, a empresa já conta com uma ferramenta que analisa dados abertos vinculados a sites de compra de algumas farmácias parceiras. “Colocamos as nossas maiores fichas no digital”, afirma.

Além disso, a companhia conta com dois centros de inovação focados na produção de remédios, ambos no interior de São Paulo. A empresa também tem mapeado startups para futuras parcerias.

Diversidade
No campo da diversidade, Joana vê com bons olhos sua chegada ao novo cargo. “Do mesmo jeito que homens assumem sem estar 100% preparados, mulheres precisam entender que devem fazer o mesmo. Numa cultura extremamente machista, você fica com a sensação de ter que se provar o tempo todo”, diz.

Fonte: Revista Época Negócios

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