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sábado, abril 27, 2024
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Formas de tratamento do ar em laboratórios químicos

O tratamento do ar nos laboratórios químicos ocorre basicamente de quatro formas. Uma delas é a ventilação geral diluidora, que tem por objetivo renovar o ar ambiente, em todo seu volume, protegendo o pessoal e os próprios equipamentos sensíveis aos gases corrosivos. Esta ventilação poderia ser proporcionada por exaustão, insuflamento ou ambos.  O balanceamento entre a entrada e a saída do ar poderia gerar a segunda necessidade, por vezes essencial, que é o diferencial atmosférico. Na prática, cria-se um ambiente com pressão positiva, quando se pretende impedir que partículas existentes nas áreas adjacentes ao laboratório invadam o ambiente, prejudicando as análises ali realizadas. Ou pressuriza-se negativamente, impedindo que gases, odores e ou partículas geradas no interior do laboratório migrem para outros ambientes.

A terceira ação em tratamento do ar refere-se à exaustão localizada, quando se pretende retirar na fonte onde são produzidas as substâncias indesejadas, normalmente voláteis, tóxicas, corrosivas, cáusticas e ou irritantes. Neste caso, utilizam- se coifas, capelas, captores de fendas, braços móveis ou simplesmente dutos interligados aos equipamentos, sempre respeitando as orientações dos fabricantes dos equipamentos.

A quarta situação trataria da climatização, proporcionando conforto térmico, ou quando os insumos e as análises ali realizadas exigem grau de pureza do ar, níveis de umidade e ou temperaturas controladas.

O nível de filtragem para exaustão seria definido pelas substâncias produzidas no laboratório, enquanto que o nível de filtragem de insuflamento dependeria do grau de pureza que se pretende no interior do laboratório.

As normas referentes aos sistemas de exaustão são: NFPA 45 – Standard on Fire Protection for Laboratories Using Chemicals b. BS 7258 – Part 01,02,03,04 – Laboratory Fume Cupboards; c. Z 316.5 – Fume Hoods and Associated Exaust Systems; d. ANSI / ASHARE 110 – Method of Testing Performance of Laboratory Fume Holds e. ANSI / AIHA Z9.5 – American National Standard for Laboratory Ventilation.

A escolha do tipo de sistema de condicionamento de ar mais adequado ao laboratório  se faz a partir do porte da capacidade térmica exigida e das características desta carga. Dada a usual exigência de se utilizar renovação total do ar nos ambientes, a carga térmica total calculada resultaria sempre muito elevada.

O projeto arquitetônico pode agravar ou contribuir com o custo de instalação e operação do sistema. De qualquer forma, a análise dos custos de implantação e de funcionamento deve ser levada em conta na decisão final quanto ao sistema a adotar. Seguem algumas recomendações referentes ao inicio do projeto de construção do prédio do laboratório:

– Considerar o peso dos equipamentos no cálculo estrutural;

-Reservar os espaços destinados à instalações da maquina e as passagens de dutos, cabos e tubulações;

– As salas de condicionadores devem ficar sempre na periferia do prédio, voltadas para área limpa da indústria e para direção do vento predominante;

– Se for escolhido o tipo de geração de frio por água gelada, há necessidades mais reserva de espaço, deve ser externa de preferência junto à central de utilidades;

– Tirar partido de prédios vizinhos que protejam sombra durante as horas de insolação mais críticas;

– Utilização de dispositivos internos e externos de atenuação da insolação, tais como marquises, recuo do plano dos vidros, brise-soleil, etc.;

– Utilização de entre-pisos formando uma galeria para passagens de utilidades, dutos e instalações de equipamentos.

– Isolamentos térmicos nas coberturas, tais como espaços de ar, bacia de água, dupla laje, isolamento propriamente dito, telhas isoladas e refletivas;

Redação – Portal Boas Práticas

Foto: Michael J. Ermarth – FDA

 

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