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sexta-feira, abril 26, 2024
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Indústria da saúde: articulação para mapear tecnologias relevantes

Foi iniciada a identificação das tecnologias relevantes para a competitividade do Complexo Industrial da Saúde (CIS) nos próximos anos. A iniciativa faz parte das Agendas Tecnológicas Setoriais (ATS) – um instrumento do Plano Brasil Maior (PBM) e da Estratégica Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI).  Com recursos da Agencia Brasileira de Desenvolvimento Indústria (ABDI) e do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI), e com coordenação do Ministério da Saúde, serão feitas prospectivas tecnológicas para seis focos: biofármacos; nanotecnologia (medicamentos e materiais); órteses e próteses; equipamentos para diagnóstico de imagem e in vitro no local; medicina regenerativa (terapia celular e gênica, bioengenharia tecidual) e telemedicina.

As escolhas desses focos foram feitas pelo Ministério da Saúde, que coordena o Conselho de Competitividade do CIS, no PBM. Para iniciar os trabalhos, representantes do governo, de universidades e centros de pesquisa reuniram-se no início do mês, na sede da ABDI, em Brasília. Foram formados Comitês Técnicos para cada um dos focos que serão estudados.

“O grande desafio é pensar a evolução tecnológica da saúde sem descolar das grandes tendências e do contexto desejado para a saúde do cidadão brasileiro. É uma oportunidade para fundirmos nesses estudos a dimensão social, tecnológica e industrial do desenvolvimento”, declarou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

O objetivo das ATS é prospectar as tecnologias relevantes para serem desenvolvidas no país e identificar as empresas e instituições de pesquisas com capacidades de desenvolvê-las. Para alcançar esses resultados, inicialmente os especialistas que formam os Comitês Técnicos elaborarão listas de tecnologias emergentes em desenvolvimento no mundo. Uma para cada foco. Essas listas serão submetidas a consultas estruturadas, que serão respondidas por especialistas de empresas nacionais, centros de pesquisas e universidades. Os respondentes da consulta analisarão, num horizonte de 15 anos, a factibilidade técnica de desenvolvimento da tecnologia e a viabilidade econômica no mundo, para posteriormente analisar as perspectivas de difusão no Brasil.

Durante a reunião com os especialistas, a diretora da ABDI, Maria Luisa Campos Machado Leal, destacou a importância das Agendas Tecnológicas Setoriais para subsidiar a política industrial e a de inovação. “O esforço para identificar as tecnologias relevantes deve colaborar para amarrar a estratégia da política de inovação com o poder de compra do ministério da saúde e com isso impulsionar a indústria nacional”, afirmou.

Com o intuito de subsidiar as decisões de políticas publicas para a inovação também serão feitas analises das principais características econômicas dos segmentos selecionados, destacando as perspectivas da demanda e as mudanças recentes na estrutura de oferta no Brasil e no mundo. Essas análises devem ressaltar os limites e oportunidades competitivas no país nos próximos anos, incluindo uma análise sobre a capacidade de inovar.

Para o presidente do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, o mapeamento das áreas estratégicas para a saúde irão contribuir para o desenvolvimento do país. “Estamos desenvolvendo essa iniciativa junto com a ABDI para o desenvolvimento da indústria e do comércio no âmbito do Plano Brasil Maior. As ATS são importantes para identificar oportunidades, prioridades, críticas do desenvolvimento tecnológico e aumentar a eficiência e competitividade das indústrias brasileiras”, declarou.

As ATS também deverão apontar elementos importantes para as política de atração de investimento. A secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC, Heloisa Menezes, que esteve presente na reunião, destacou que: “Produzindo novos medicamentos e equipamentos no país, estaremos contribuindo também para reduzir o déficit da balança comercial”. Outro ganho destacado pela secretária do MDIC diz respeito ao poder de compra: “As compras públicas induzem o desenvolvimento tecnológico, a inovação e transformam o conhecimento disponível nas redes de pesquisa, nas universidades nos centros tecnológicos espalhados no Brasil em novos produtos”, disse.

Durante os meses de março a junho os Comitês Técnicos elaborarão as listas de tecnologias emergentes e a previsão é que as consultas estruturadas para seleção das tecnologias relevantes ocorram no mês de julho. Nesse período, serão realizadas algumas oficinas com empresas e governo para discussão dos documentos que serão produzidos. A expectativa é de que até o final deste ano, o Ministério da Saúde publique a lista de tecnologias relevantes sinalizando serem estas as estratégicas para o SUS.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social ABDI

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