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sábado, abril 27, 2024
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Rio pode se transformar no principal polo de biotecnologia do Brasil

Uma área no Distrito Industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), está destinada a transformar o estado no principal polo de biotecnologia no Brasil e um dos mais importantes no Hemisfério Sul. Com investimento de R$ 3 bilhões, ali está sendo construído o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) de Bio-Manguinhos, que multiplicará por seis a capacidade de produção de vacinas, reagentes e outros produtos biotecnológicos da autarquia federal, passando de 20 milhões para 120 milhões de frascos por ano. O projeto é fazer de Bio-Manguinhos, a partir de 2018, um núcleo de atração de empresas geradoras de tecnologias, de modo a constituir em Santa Cruz uma espécie de cluster biotecnológico.

baktron
A Baktron é uma das empresas que nasceram incubadas no polo Bio-Rio.

A concretização desse objetivo está atrelada a outro salto, na área institucional. Foi concluído pelo governo federal o projeto de lei que retira de Bio-Manguinhos as amarras da sua condição de autarquia, transformando-o em uma empresa pública com autonomia para gerenciar em todos os níveis a transformação em curso. A expectativa é que o projeto seja encaminhado e votado pelo Congresso Nacional ainda este ano.

Santa Cruz é o maior e mais ambicioso projeto em execução por Bio- Manguinhos, mas a instituição está investindo, no total, mais de R$ 3,5 bilhões em três empreendimentos de expansão, sendo dois deles dentro do campus da Fiocruz, localizado no bairro de Manguinhos, Zona Norte do Rio. O primeiro deles é a construção de um Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e Reativos (CIPBR), em um prédio totalmente novo de 17 mil m2. O prédio, quase pronto para inauguração, abrigará três fábricas: uma de biofármacos, uma de reativos para diagnósticos e a primeira planta de protótipos na área biotecnológica do país, destinada a preencher uma lacuna, liberando outras áreas industriais para a fabricação de produtos já desenvolvidos.

O outro projeto é uma unidade de fabricação de vacinas contra rotavírus, prevista para entrar em operação no fim deste ano ou início de 2016. Em parceria com a gigante internacional GlaxoSmithKline (GSK), a fábrica tem investimento de R$ 80 milhões e deverá se transformar em uma base para exportação de vacinas. Tanto o CIPBR como a unidade de vacinas para rotavírus estão sendo construídos com recursos gerados pelas operações de Bio-Manguinhos, que tem como principal cliente o Ministério da Saúde, seu controlador.

A Fundação Bio-Rio, criada em 1988 pelo gênio inovador de Antonio Paes de Carvalho, é hoje o principal polo agregador dos pequenos empresários e pesquisadores fluminenses que buscam espaço na área biotecnológica. Ela congrega atualmente 42 empresas, sendo 20 já instaladas no parque tecnológico e 22 na incubadora, havendo ainda outras 23 associadas, totalizando 65 empresas ligadas ao polo. Funciona em uma área dentro do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), esta por si só uma fornecedora de cérebros para o polo.

Dentre as empresas inovadoras presente no local está a Baktron, empresa que nasceu incubada no polo Bio-Rio na década de 90, e desde 2001 se estabeleceu com sede própria no Parque Tecnológico deste importante polo de biotecnologia. “A Baktron tem se reinventado neste últimos anos, inovando em processos relacionados à gestão da empresa, vendas e marketing e qualidade. Inovação é algo que está no próprio DNA da empresa, já que a essência dos serviços da Baktron está em suportar seus clientes na busca e desenvolvimento de análises para a garantia e melhoria da qualidade de seus produtos e serviços. Neste sentido estar inserido num ambiente de inovação como o Polo Bio-Rio passa a ser uma importante vantagem competitiva para Baktron”, analisa o diretor da empresa, Fernando Cruz.

 Portal Boas Práticas com informações da Revista Economia Rio.

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