A água PW e a importância das sanitizações
De forma resumida, é possível dizer que, para cada necessidade de água (caldeira, lavagem , laboratório), existe um nível desejável na água aplicada em função da água bruta disponível no local.
Foto: Divulgação Permution.
Os métodos disponíveis hoje no mercado vão desde os mais simples (filtração em leito de areia ) até os mais tecnológicos (eletrodeionização). “Para cada aplicação teremos uma sequência de tecnologias de purificação conforme a água disponível no local. Vejo que a obrigação de usar uma tecnologia ou outra é muito vinculada à qualidade da água disponível pelo cliente e os requisitos de seu processo”, esclarece Angelo Krieger, diretor comercial da Permution.
Para os processo produtivos, a água deve ser purificada (PW – Purified Water). “Para as demais, pode ser água desmineralizada, ou de osmose de simples passo. A água PW pode ser produzida/gerada por troca iônica ou por osmose reversa de duplo passo”, destaca Erlon Lima, diretor da Proquim UV.
Sistemas mais comuns
Os sistemas mais usados são os citados acima, porém, destaca Lima, a ANVISA realizou uma publicação em janeiro de 2012 na qual afima que, a partir de então, somente aceitaria/validaria sistema de osmose de duplo passo para geração de água PW, por considerar ser um sistema bastante superior, mais seguro e limpo, uma vez que a osmose não necessita de regeneração, não prolifera bactérias, não mascara resultados bacteriológicos (como na troca iônica), além de efetuar o tratamento físico químico efetua uma forte redução na contagem bacteriológica. (vide parâmetros abaixo).
Angelo Krieger afirma que na produção de cosméticos, por exemplo, ainda os sistemas mais comuns são os que utilizam a tecnologia de resinas de troca iônica montados em plástico de engenharia (leito separado, leito misto ou combinação de ambos), porque o investimento inicial seria muito menor que uma osmose reversa montada em aço inox e com acabamento sanitário. “O grande ‘pecado’ das resinas de troca iônica são os parâmetros microbiológicos, porque na remoção dos sais e gases dissolvidos na água tem uma excelente performance. Agora a osmose reversa de duplo passo consegue atingir baixos níveis de condutividade ( < 1,00 µS/cm) com baixíssimos níveis de conteúdo microbiológico”, analisa o especialista da Permution . “A tendência é que, conforme as empresas que utilizam a troca iônica expandam seus mercados, atualizem seu sistema gerador de água para tecnologia de membrana de osmose reversa”, conclui.
A importância das sanitizações
Erlon Lima afirma que há três tipos de sanitizações: química, térmica e por ozônio. As sanitizações químicas dispenderiam um volume de água de enxágue muito grande e um tempo de parada de produção também muito alto (cerca de 12 horas), o que implicaria em grandes custos operacionais.
As sanitizações térmicas, segundo Lima, dispendem um grande custo energético para o aquecimento e resfriamento de um grande volume de água (vapor e água gelada).
Já a sanitização com ozônio propiciaria menor tempo de parada de produção (cerca de duas horas), não descartaria nenhuma água, o que significaria muito menores custos.
“No tocante à eficiência, a térmica e a com ozônio são 100%, já a química nem sempre cumpre seu objetivo, pois a água de enxágue pode estar contaminada”, acrescenta o diretor da Proquim.
Veja abaixo a tabela comparativa dos três tipos de sanitização e seus custos.
As sanitizações são importantes em qualquer uma das tecnologias (troca iônica ou membrana de osmose reversa). “Sempre recomendamos uma solução de ácido peracetico como sanitizante . A questão é que a frequência de sanitizações nas resinas de troca iônica é bem maior que nas membranas de osmose reversa. Os detalhes de como realizar as sanitizações estão contidas no manual do equipamento, no caso da Permution”, diz Krieger.
Estocagem
O material do tanque deve ser inerte ao ataque da agua desmineralizada (seja qual for a tecnologia empregada. Os materiais mais comuns são plásticos de engenharia e aço inox “Mas sempre com a possibilidade de escoamento total do tanque, sendo o mais comum o fundo cônico no caso dos reservatórios construídos em plástico ou torisféricos nos construídos em aço inox”, diz Krieger. Segundo ele, em qualquer tipo de tanque, o filtro-vent com elemento bacteriológico de 0,2 µm hidrofóbico é necessário para evitar contaminações microbiológicas advindas do ar em torno do sistema. A água deverá ficar sempre em recirculação permanente entre o tanque e o looping. Caso não seja possível, sugere-se estocar por no máximo 8 horas.
Redação: Alberto Nascimento de Marcelo Nicolósi – Portal Boas Práticas
Obs: a foto de abertura mostra um equipamento de osmose reversa totalmente em inox de 10 m3/h de produção de água tipo PW montado na Permution para uma indústria farmacêutica do interior de SP .
Ótimo material.
ótimo comentário ,se possível gostaria de receber mais materiais iguais a este
Olá material muito bom!
Tenho uma dúvida trabalho com água deonizada e faço regeneração a cada 15 dias e sanitização com ácido Peracético toda segunda, quarta e sexta pórem no último dia 8/8/2016 fiz minha regeneração e a troca de filtros e a condutividade junto com o TOC estavão boas. Mas após o dia 15 ela já veio apresentando condutividade acima da espécificação de 4,7uS/cm e só foi subindo e hoje verifiquei que está acima de 23uS/cm mesmo fazendo a sanitização com o ácido peracético ela não está abaixando. Na proxima terça feira dia 23/8/2016 irei fazer a regeneração pois ja tera dado os 15 dias e espero que funcione mas vocês poderiam me dizer o que possivelmente pode ter acontecido!?!?
Ola Felipe,
Aconteceu o mesmo comigo e as vezes acontece ainda. No meu caso a condutividade subiu muito pelo motivo que os dosadores estavam desregulados, assim estavam injetando muita NaOH, assim o volume de permeável estava abaixo do que controlaria no normal se o dosador estivesse sem problemas. O que me implica é que sua condutividade subiu muito que foi o meu outro caso que as membranas ja estavam estourando.E a solução foi troca-las.
Se você nao for troca-las, esperimente dobrar a saida de vazão pelo dobro ,tanto do permeado como para o rejeito. Não sei a proporção de sua maquina , mas vamos supor que a saida volumetrica total entre permeado e rejeito for mil por hora, tente dobrar essa saida volumétrica que a condutividade pode baixar, mas lembrando que isso é só para quebrar o galho, pois as membranas não podem aguentar tanto tempo forçando seu dobro de trabalho.