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segunda-feira, abril 29, 2024
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Bahia vai produzir remédios para o tratamento do HIV

Com a assinatura do memorando de transferência tecnológica entre o governo do estado e o laboratório norte-americano Gilead Sciences, na última quarta-feira, 12 de agosto, em Salvador (BA), o Brasil inteiro vai dispor de uma nova alternativa para o fornecimento de antirretrovirais e outros medicamentos para hepatite C e Aids, que são de alto custo, e vão complementar a produção pública da Bahiafarma.

O documento assinado pelo governador Rui Costa, o secretário de Saúde, Fábio Vilas-Boas, e representantes da empresa amplia o acesso a medicamentos já distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), reduzindo custos e gerando divisas para a Bahia.

O acordo prevê que a unidade da secretaria de Saúde do estado tenha a exclusividade na distribuição para todo o país, assim como a comercialização e futura transferência de tecnologia para outros mercados internacionais.

Segundo o governador Rui Costa, a parceria confirma a Bahiafarma como referência no setor público farmacêutico e amplia a oferta de remédios com custo reduzido no SUS.

A possibilidade de exportação para países da América Latina e Caribe amplia a atuação da Bahiafarma. O vice-presidente da Gilead para a região, Norton Oliveira, destacou as vantagens competitivas e tecnológicas que viabilizaram o negócio. “A Bahia e a Bahiafarma possuem todas as condições necessárias para que essa parceria seja bem sucedida, do ponto de vista técnico, boas práticas de fabricação e gestão”, afirmou.

Medicamentos
Entre os medicamentos previstos para serem produzidos na Bahia estão o sofosbuvir, comercializado com a marca Sovaldi e indicado no tratamento de hepatite C, o tenofir disoproxil (Viread) e a emtricitabina (Truvada), estes dois últimos usados em associação no Brasil para evitar o início da infecção por HIV/Aids.

O tratamento chamado Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é reconhecido internacionalmente como uma das melhores medidas para conter a transmissão do vírus, tendo eficácia comprovada também na prevenção do HIV.

Atualmente, cerca de 734 mil pessoas são portadoras do vírus HIV no Brasil –  589 mil diagnosticadas e 404 mil utilizando o tratamento antirretroviral.

Já a hepatite C é uma doença viral crônica, geralmente silenciosa, responsável pela maior parte dos casos de cirrose, câncer de fígado e transplante hepático no Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde, de 1,4% a 1,7% dos brasileiros, principalmente acima dos 45 anos, podem ter sido infectados pelo vírus. Entre a população mundial a prevalência é de 3% de acordo com os dados oficiais.

Fonte: A Tarde

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