Características de pisos para ambientes farmacêuticos

Saber especificar o piso que você colocará em sua empresa é primordial. Os Revestimentos de Alto Desempenho (RAD) mais utilizados em ambientes industriais farmacêuticos são os espatulados, autonivelantes, multicamadas e as pinturas de baixa e de alta espessura. Em áreas de produção de injetáveis, o revestimento deve ser extremamente liso, sendo os mais adequados os autonivelantes ou do tipo multicamadas. Para as áreas de lavagem, o revestimento deve apresentar baixo potencial de escorregamento, como o argamassado e o multicamadas, dependendo do agregado utilizado.

No que tange às cores utilizadas, há a tendência de se utilizar cores mais claras. Na Europa, é comum os laboratórios utilizarem cores para distinguir áreas classificadas, como por exemplo:

– Todas as salas de classe 10000: cinza médio

– Todas as salas classe 1000: cinza claro

– Todas as salas classe 100: branco gelo. No Brasil, algumas empresas farmacêuticas já estariam adotando a utilização de cores para diferenciação de áreas classificadas.

A especificação dos revestimentos  depende de vários fatores. É fundamental uma análise técnica do substrato em relação à resistência, planicidade, juntas do pavimento,textura da superfície, grau de umidade e contaminações, para tomar as providências necessárias de forma que o piso seja aplicado sobre uma base sólida que ofereça garantia.

Usualmente chama-se de piso a superfície acabada, que é a superfície de uso, mas o piso é composto pela base mais o revestimento, ou, do pavimento mais o revestimento de piso. Portanto, para o sucesso do sistema piso, é igualmente importante a escolha do revestimento e o preparo da base ou substrato.

É necessário também levar em consideração as condições da planta farmacêutica, ou seja, a disposição das salas e equipamentos, o processo produtivo, o fluxo de materiais, as matérias- primas manipuladas e a circulação de pessoas e equipamentos móveis.

Seguem alguns fatores críticos que devem ser considerados na escolha do RAD:

– Resistência à abrasão: considerar fluxo de pessoas, equipamentos móveis e cargas;

– Resistência ao impacto: identificar potenciais de impacto ao qual o piso poderá ser submetido;

– Resistência ao escorregamento: definir o tipo de acabamento, baseado nos processos produtivos e na segurança das pessoas;

– Facilidade de limpeza: identificar os procedimentos para garantir a conservação do piso e a facilidade na assepsia correta das áreas; – Ataque químico: identificar produtos químicos que poderão entrar em contato com o piso;

– Estética ou apresentação: definir cores e acabamento;

– Custo e facilidade de manutenção: levantar custos de implantação e reparos, tempo e facilidade do reparo.

Redação – Portal Boas Práticas. Foto: Mogivet

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