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quinta-feira, abril 25, 2024
Opinião

Cinco motivos para fazer seus funcionários felizes

Poliana Landin-menor
Poliana Landin

As organizações passam por sucessivas mudanças para atenderem e se adaptarem às novas exigências mercadológicas. Contudo, não basta dispor dos melhores recursos, estrutura ou da mais avançada tecnologia, se as mesmas não forem sustentadas por uma gestão de pessoas focada em resultado. O ser humano e o seu desempenho profissional são considerados fatores capazes de transformar o potencial de uma empresa por serem o grande diferencial competitivo das organizações, conforme apontam os especialistas.

Por perceberem essa realidade, há algum tempo as empresas buscam estratégias para conquistar a satisfação dos colaboradores em seu ambiente de trabalho, visando o impacto que essa satisfação tem sobre os resultados empresariais. A Psicologia Positiva, uma nova vertente no mundo corporativo, aponta para a necessidade das empresas se preocuparem com o bem-estar de seus colaboradores, que poderia aqui ser relacionado à felicidade que eles conseguem obter no ambiente de trabalho.

Poliana Landin, coordenadora do MBA Executivo em Desenvolvimento Humano e Psicologia do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG), explica que a vertente surgiu na década de 1990, com a vinda da Psicologia Positiva e que essa ciência tem se adentrado fortemente no mundo organizacional. “A Psicologia Positiva é um campo de estudo científico das forças e virtudes próprias do indivíduo, que tem por foco buscar no ser humano o seu potencial, a sua motivação e suas capacidades.”

Com esse entendimento do ser humano, destaca Landin, surge uma nova forma de gestão de pessoas, com o olhar voltado para o desempenho individual em seu mais alto nível, alcançado por meio de ações voltadas ao desenvolvimento humano em sua plenitude. Diante disso, confira 5 motivos para as empresas investirem na felicidade de seus funcionários:

1) Felicidade gera lucro

Estudos apontam que empresas que focam no desenvolvimento humano, na busca por auxiliar o colaborador a se encontrar em sua profissão e, consequentemente, ser mais feliz no trabalho, conseguem obter resultados organizacionais surpreendentes, acima do esperado. Ao analisar-se o ranking da Great Place To Work (GPTW), que visa identificar as melhores empresas para se trabalhar, economistas perceberam que as organizações que estão nas melhores colocações são também aquelas que obtiveram excelentes resultados de negócios. Isso aponta que o investimento no bem-estar do colaborador pode impactar diretamente nos resultados organizacionais e, por esse motivo, tem-se encontrado empresas adeptas mundo afora, como o McDonald’s, Google, Zappos e Verizon, que usam métodos de gestão relacionados com a Psicologia Positiva. No Brasil, empresas como Elektro, Natura, 3M, dentre outras, já perceberam essa realidade e investem nessa nova forma de gestão.

2) Aumento do desempenho 

O psicólogo norte-americano Daniel Goleman, autor do famoso livro Inteligência Emocional, diz que: “A felicidade é o estado emocional ideal para o trabalho eficiente”, demonstrando assim que a felicidade proporciona um estado emotivo propício para as pessoas produzirem mais e de maneira mais efetiva. Nessa mesma direção foi a constatação de Shawn Achor, que diz que a “felicidade é fácil em tempos bons, mas é uma vantagem competitiva enorme durante os períodos difíceis”, visto que quando as pessoas estão mais felizes, seu cérebro está mais ativo e flexível, permitindo e incentivando mais a produtividade, novas ideias e soluções de problemas. Para tanto, é necessário obter-se uma nova forma de gestão e de se pensar no colaborador. Quando o gestor investe na potencialização das forças e talentos do colaborador, esse colaborador poderá alcançar resultados extraordinários, pois atingiu seu potencial máximo.

3) Melhoria do clima organizacional

Um excelente ambiente de trabalho, segundo a GPTW, é aquele onde você confia nas pessoas (empresa) para quem trabalha, tem orgulho do que você faz e gosta das pessoas com quem trabalha. Isso é analisado em cinco dimensões que são Credibilidade, Respeito, Imparcialidade, Orgulho e Camaradagem. Além disso, todas as práticas de gestão (Inspirar, desenvolver, Contratar, Escutar, Cuidar dos colaboradores, dentre outras) têm como pilar principal a Confiança, demonstrando que ela precisa ocupar um lugar central nas relações de trabalho.

Em um ambiente de trabalho, a confiança é um fator de grande relevância para gerar um clima propício para a entrega de resultados. De acordo com a professora Amy Edmondson, da Universidade de Harvard, um fator importante para proporcionar uma relação de confiança e respeito entre os membros de uma equipe é a chamada “Segurança psicológica”, que é a certeza que os membros poderão ter de que ninguém será humilhado, desrespeitado ou punido se falar o que pensa, pedir ajuda quando precisar ou mesmo ao falhar na realização de seu trabalho. Essa relação de confiança e respeito na equipe, de segurança psicológica, faz com que os membros sintam-se confortáveis para discutir ideias, estabelecer novas estratégias quando ocorrer uma falha, aprender e melhorar seu desempenho.

4) Retenção de Talentos

Estudos mostram que o principal motivo que faz com que os funcionários queiram permanecer nas organizações é o fato da empresa proporcionar oportunidade de crescimento e desenvolvimento profissional. Em uma pesquisa realizada com os funcionários das empresas que estão no ranking das melhores empresas para se trabalhar no Brasil (que tem índices baixíssimos de rotatividade), 45% dos funcionários apontam que a possibilidade de se desenvolver é o que os mantém na empresa, seguidos de 25% que dizem que é o investimento da empresa em qualidade de vida e em uma gestão que possibilita equilibrar vida pessoal e vida profissional.

A preocupação dessas empresas com o bem-estar de seus colaboradores faz com que os mesmos desejem permanecer na empresa, sendo um fator que influencia diretamente na retenção desses talentos. Em um mercado acelerado e com alta competitividade, reter talentos significa redução de custos com desligamentos, com novas contratações, treinamentos, capacitações, etc. Além disso, quando a empresa retém talentos ela garante a continuidade de sua produtividade, visto que ela mantém colaboradores já treinados e capacitados para desempenharem suas funções e não perde esses talentos para o concorrente.

5) Sucesso organizacional

John Wooden, um técnico de basquete americano, reconhecido por seus resultados admiráveis com o time UCLA e também pelo significativo papel no desenvolvimento de lideranças, diz em seu livro a Pirâmide do Sucesso: “Sucesso é a paz de espírito obtida somente através da satisfação própria em saber que você se esforçou para fazer o melhor do que você é capaz.” Para ele, as vitórias, os ganhos são apenas consequência do seu esforço e dedicação para fazer o melhor que você é capaz, ser a melhor pessoa que você poderia ser. Ao contrário do que é pensado pelo senso comum, que sucesso traz felicidade, o que é constatado por pesquisas é que a verdade é totalmente contrária: Felicidade é que traz sucesso. É natural pensar que devemos trabalhar duro para atingir uma meta e se a atingirmos, assim seremos felizes. Mas, nosso cérebro entende que ao atingir uma meta é necessário ter outra ainda maior, para viver novamente a experiência de felicidade. No entanto, que dessa forma a felicidade passa a ser momentânea e nesse caso, felicidade e sucesso tendem a se distanciar.

Seguindo esse raciocínio, para obter-se sucesso organizacional, a melhoria de desempenho de resultados (conforme colocado nos outros pontos) é mais efetivo investir na felicidade nos seus colaboradores e não apenas focar todos os esforços da empresa para a obtenção de suas metas. Os excelentes resultados e o sucesso do negócio será a consequência, assim como apontado por John Wooden.

Fonte: Assessoria de Imprensa IPOG

 

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