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quarta-feira, abril 24, 2024
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Como escolher a melhor embalagem térmica para o transporte de produtos com temperatura e tempo controlados

Para garantir a eficiência e robustez da manutenção de uma determinada faixa de temperatura de um sistema de embalagem térmica é necessário, entre outros fatores (como por exemplo os estudos de qualificação), a escolha correta do material que transportará a carga.

Atualmente, o mercado farmacêutico conta com algumas opções de materiais para caixas térmicas. O EPS (Poliestireno Expandido), conhecido como Isopor®, é utilizado em 99% das indústrias farmacêuticas, por ser uma opção com bom desempenho térmico, menor custo direto, disponibilidade em vários volumes (tamanhos) e por não necessitar de logística reversa por ser descartável. O PU (Poliuretano) está tentando ganhar espaço na logística de produtos com controle de temperatura, mas tanto quanto o VIP (Painéis de isolamento a vácuo), ainda não foi aceito pelo mercado como esperado por fabricantes, devido ao alto custo que não é ultrapassado por sua eficiência térmica.

Caixa montável, compostas de papelão e placas espessas de EPS de alta densidade. Divulgação Polar Técnica
Caixa montável, compostas de papelão e placas espessas de EPS de alta densidade. Divulgação Polar Técnica

Soluções como caixas montáveis, compostas de papelão e placas espessas de EPS de alta densidade, são excelentes opções para reduzir em até 30% o espaço da armazenagem, contando ainda com ganho em performance térmica, devido a qualidade do EPS utilizado.

Além das caixas térmicas, há opções de bolsas e maletas térmicas que podem ser desenvolvidas de forma personalizada e atualmente são bastante utilizadas por empresas que realizam o transporte de produtos com tempo e temperatura controlados de forma específica, com logística reversa e acompanhamento de um responsável pela carga durante o transporte. Seja uma bolsa térmica que será utilizada pelo usuário final do produto ou uma maleta térmica para transporte de materiais cirúrgicos, submetidos ao sistema de consignação entre a empresa e o hospital.

A escolha do material mais apropriado ao transporte, mediante as particularidades de cada sistema logístico, faz toda a diferença para o sucesso da manutenção da temperatura da embalagem térmica. Ao contrário do que muitos pensam, o volume da embalagem térmica não deve ser escolhido apenas em função do tamanho do produto ou da carga a ser transportada. Este é apenas uma variável atrelada à escolha do material.

Alguns fatores devem ser levados em consideração para esta escolha, como a temperatura do produto a ser transportado; tempo de manutenção térmica requerido pelo sistema de embalagem; modelo de transporte, incluindo a análise de logística reversa; resistência a impactos e segurança da carga; além do valor do produto, atrelado aos riscos do sistema de transporte.

Em muitos casos, é necessário ter uma embalagem com volume bastante superior ao tamanho da carga a ser transportada, em função da temperatura e do tempo que são necessários para o transporte, mediante a quantidade de gelo que suportará as especificações do produto durante sua logística.

Seja qual for a embalagem térmica selecionada para uso no transporte da empresa, é imprescindível que ela seja qualificada de forma a garantir a qualidade do sistema. Apenas o estudo de qualificação de embalagens térmicas suporta com base em evidências documentadas que a configuração de elementos refrigerantes e materiais de isolamento térmico estão dispostos da maneira correta para suportar a temperatura e o tempo necessário para o transporte.

 Liana Papapietro – Farmacêutica Gerente Técnica da Polar Técnica

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