Na crise, a gestão é fundamental
Em tempos de crise econômica, a gestão faz a diferença. Na época de vacas gordas, as empresas correm para atender a demanda e se esquecem de arrumar a própria casa, deixando gargalos que, no longo prazo, minam a rentabilidade dos negócios. Portanto, a retração econômica não pode ser vista apenas com pessimismo. Pelo contrário, histórias de sucesso provam que é da crise que nascem grandes oportunidades. A hora é de arregaçar as mangas, reduzir custos e apertar os controles.
Esse processo não é nem um pouco simples, aliás, os primeiros desafios são bastante difíceis. Inicialmente, é necessário verificar quais são as áreas mais críticas e que necessitam de uma intervenção mais forte. É preciso também revisar as bases estratégicas, identificando diretrizes e valores que poderiam ser mantidos e corrigindo aqueles que necessitariam de adequações. O gestor deve implantar padrões para processos internos, realizar treinamentos com funcionários de diversas áreas e, após a arrumação interna, iniciar a medição da satisfação dos usuários.
Dentro desse processo, um dos pontos de maior atenção é a área financeira que deve adotar o sistema de centro de custos por setor. Para tanto, é preciso ter clareza de objetivos e de resultados Através de ferramentas de Índices de Controle, que fornecem um desenho da performance de cada área, torna-se possível que os gestores consigam saber como foi seu desempenho no mês anterior e visualizar suas metas.
O mais importante é que todos os objetivos sejam aprovados pela diretoria, o que dá segurança para cada gestor desempenhar seu papel. Com o tempo e a equipe mobilizada, os resultados começam a aparecer: as mudanças são percebidas pelos colaboradores e clientes. Os resultados do programa devem ser acompanhados e divulgados para que os clientes percebam as melhorias e manter a credibilidade e a solvência da empresa.
Américo Predebon – é diretor Comercial na Qualitin.
