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sexta-feira, abril 26, 2024
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Propostas tecnológicas diante dos desafios na preservação da cadeia do frio

Hoje, mais do que nunca, a diminuição de perdas e desperdícios, além da preservação da qualidade dos alimentos ao longo da cadeia de frio, tornou-se extremamente importante e constitui o que poderíamos chamar de uma causa nobre para as empresas que são capazes de fazerem contribuições tecnológicas que contribuam positivamente para esse fim.

O que sabemos até agora sobre perdas de alimentos na América Latina?

Nossa região, que abriga aproximadamente 9% da população do planeta, desperdiça estatisticamente 20% dos alimentos produzidos no mundo. Estamos falando de até 127 milhões de toneladas de alimentos perdidos por ano. Isso equivale ao desperdício diário de 348 mil toneladas de produtos comestíveis por dia. O que, por sua

Figura 01
Figura 01

vez, representa 223 kg de alimento desperdiçado per capita por ano, sobre a população total de nossa região.

Estes são mais que números assustadores provenientes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Figura 1), especialmente se considerarmos que quase 43 milhões de pessoas sofrem de fome na América Latina e no Caribe, o que representa mais de 7% da população total de nossa região.

Por outro lado, a emissão de carbono que o desperdício de alimentos representa globalmente é enorme, a ponto de que, se o desperdício orgânico de produtos alimentícios fosse considerado

Figura 3

um país em si, esse seria o 3º maior emissor de gás de efeito estufa, atrás da China e dos Estados Unidos.

O impacto dos resíduos orgânicos não é apenas ambiental, mas social. Quase 50% do lixo que se acumula ao ar livre em áreas próximas a áreas densamente povoadas é orgânico, o que gera o imenso risco de gerar doenças infecciosas, pragas ou contaminação bacteriológica (Figura 2).

A transformação de resíduos alimentares em uma fonte de energia limpa e renovável é possível. Já existe a tecnologia aplicada a dispositivos domésticos e comerciais para a trituração de resíduos orgânicos, bem como a infraestrutura para armazenamento de resíduos, sua subsequente coleta, transporte e disposição final em digestores anaeróbicos, embora ainda não sejam amplamente divulgados e adequadamente desenvolvidos na América Latina. (Figura 3 e 4).

Figura 3 – Descarte, trituração e armazenamento de resíduos até a coleta.
Figura 4 – Benefícios dos digestores anaeróbicos que compõem a solução Grind2Energy

 

 

 

 

 

 

 

 

As soluções de tecnologia ativa do início ao fim da cadeia do frio garantem boa qualidade e preservação de alimentos.

Aproximadamente 90% do desperdício de alimentos em nossa região ocorre em algum momento da chamada cadeia do frio, portanto, o grande desafio é preservar a qualidade dos alimentos da produção agrícola, através do processamento, armazenamento e distribuição no atacado para lojas de varejo, chegando à mesa do consumidor final. Note-se que, entre cada um dos elos da cadeia, está o transporte de alimentos, um elemento-chave para garantir sua qualidade e preservação (Fig. 5).

Figura 5
Figura 6

A qualidade e a preservação dos alimentos também pressionam enormemente os recursos preciosos e indispensáveis ​​à vida em nosso planeta, como a água usada para irrigação, entre outros. Isso se considerarmos

que os agricultores são forçados a produzir até 30% a mais do que deveriam, apenas para compensar o que é perdido devido à deterioração durante a colheita e os estágios posteriores e iniciais de seu processamento. Está produção extra expande o desmatamento e impulsiona o uso de fertilizantes e cultivos transgênicos (Figura 6).

Figura 7

A má qualidade do armazenamento, transporte e manuseio de alimentos também afeta a saúde humana e pode levar a graves infecções e envenenamento em massa (Figura 7).

A qualidade do produto final tem um impacto econômico no comércio varejista, dadas as possíveis demandas pelo uso de agrotóxicos, além das despesas causadas pelo armazenamento e venda de alimentos próximo ao final de seu ciclo de vida.

Deve-se notar que o negócio de varejo de alimentos está evoluindo rapidamente para o comércio eletrônico, que agora permite várias maneiras de pedir e receber alimentos de uma maneira mais rápida, eficaz e eficiente. Isso força os fornecedores de varejo a pensar diferente sobre seus negócios e de como manter os mais altos padrões de segurança e qualidade em toda a cadeia de suprimentos de alimentos, a fim de atender à evolução das expectativas dos consumidores atuais (Figura 8).

Figura 8

A missão da indústria de refrigeração industrial e comercial é fornecer soluções tecnológicas aplicáveis ​​à cadeia do frio, para garantir alimentos mais seguros e de melhor qualidade.

Com o mesmo objetivo, a Emerson construiu nos últimos 20 anos um amplo portfólio de soluções tecnológicas ativas na preservação da cadeia do frio, que vão desde compressores, unidades e componentes até os mais sofisticados dispositivos eletrônicos inteligentes sem fio, aplicado em sistemas baseados na chamada “Internet das Coisas” (IoT), para armazenamento e gerenciamento de informações úteis na “Nuvem”, o que permite melhorar a visibilidade e a segurança dos alimentos em toda a cadeia de suprimentos global (Figura 9).

Figura 9

Conclusões

O desperdício de produtos alimentícios gera tremendos impactos sociais, econômicos e ambientais que podem ser evitados por meio de soluções tecnológicas existentes, aplicáveis ​​a todas as etapas e elos da cadeia do frio.

Nossa indústria agora desempenha um papel fundamental, guiado por nobres propósitos e causas, para o benefício do planeta, da saúde e do bem-estar da humanidade.

Carlos C. Obella
Vice Presidente de Serviços de Engenharia e Gestão de Produto | América Latina | 
Emerson Commercial & Residential Solutions – Emerson Soluções comerciais e residenciais

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