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quinta-feira, abril 25, 2024
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Sistema de filtragem deve ser tratado como assunto prioritário

Afinal, por que é necessário usar um filtro de ar? Para economizar energia, preencher um espaço vazio numa unidade tratadora de ar (UTA) ou para remover o particulado do ar?

 

Filtros absolutos em linha de produção.
Divulgação Camfil.

Os primeiros dois itens citados são atributos de um filtro de ar; o último é um requisito. Essa é uma distinção muito importante e deve ser entendida pelo usuário do filtro.

No setor farmacêutico, a importância da qualidade da filtragem do ar é elevada o tempo todo. Os problemas provenientes da contaminação de produtos, proteção de equipamentos, preocupações com a saúde do funcionário e energia são apenas alguns dos tópicos afetados pela filtragem de ar. Todos esses problemas têm um ponto em comum – sem a remoção do particulado não há propósito na instalação de um filtro de ar.

É importante, portanto, conhecer a utilidade de cada filtro e saber especificá-lo, para que se tenha um sistema eficiente. Sim, o sistema de filtragem deve ser assunto prioritário em sua empresa.

J. C. Machado, Diretor Técnico e Comercial da Filtrax do Brasil, afirma que a função dos filtros é garantir o grau de limpeza dentro das salas, sendo no primeiro estágio o pré-filtro, segundo estágio filtro fino, o qual serve para aumentar a vida do filtro HEPA, “que tem um valor alto e tem de ser preservado ao máximo”.

banner_224x237-01O engenheiro  Edmilson Alves, Gerente Técnico da Camfil, coordenador da CEE-138 – Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fala sobre as funções dos pré- filtros, filtros finos e filtros HEPA dentro de uma sala limpa. Ele explica que, basicamente, os pré-filtros retém as partículas maiores, em geral que aparecem no início do fluxo do ar das UTA´s, de origem externa ou mesmo interna através do ar reciclado. “Já os filtros finos captam as partículas menores, que não foram retidas pelos pré-filtros, e os filtros HEPA são a barreira final do ar, captando partículas sub-micrônicas (> 1µm), que normalmente são as partículas que se deseja evitar dentro da sala limpa”, acrescenta.

Especificação

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Filtro de bolsas em ensaio em um dos laboratórios da Camfil. Foto: Divulgação Camfil

Quando o assunto é a especificação, os especialistas alertam que há  filtros ideais e taxas de troca de ar para cada classe desejada na sala limpa. Edmilson Alves explica que, durante a fase de especificação, os projetistas utilizam documentos técnicos que determinam para cada aplicação tanto a classe de filtragem e o modelo de filtro típicos, quanto a quantidade de trocas de ar necessárias para se atingir as classes de sala limpa desejadas em cada processo. “A Camfil auxilia os projetistas durante essa fase, tanto com especificação dos filtros quanto com simulações em nossos diversos softwares que possibilitam entender como a sala se comportará de acordo com cada uma das opções desejadas”, ressalta.
J. C. Machado diz que a especificação dos filtros depende do grau de filtragem, “pois quanto maior a exigência do grau de limpeza da sala limpa maior a quantidade filtros HEPA e chegando-se até a necessidade de se fazer um forro inteiro filtrante com Hepa Filter, por isso, é muito importante quando se vai projetar uma sala limpa saber a real exigência do produto e normas vigentes”.

Normas

O setor de filtragem é inundado por várias normas de filtragem para classificar, identificar e avaliar várias características de desempenho de um filtro de ar.

A respeito das normas mais recentes sobre o assunto, Edmilson Alves afirma que a Comissão de Estudos Especiais N° 138 da ABNT publicou nos últimos 2 anos a NBR16101:2012, que trata dos filtros grossos, médios e finos; em 2013, foi a vez da NBR ISO29463-1, que determina a classificação dos filtros absolutos (EPA, HEPA e ULPA). “Agora em 2014 está em consulta pública nacional, até o dia 23/11/2014, a parte 5 da NBR ISO29463, que trata dos ensaios em fábrica dos filtros absolutos. O link para acessar o projeto e votar/comentar é o abntonline. Também estamos trabalhando próximos de outros comitês de forma a darmos nossa contribuição para as mais variadas aplicações”, diz o engenheiro.

Machado exalta a rigorosa fiscalização e as normas existentes na indústria farmacêutica, mas alerta que a realidade da área hospitalar é bem diferente. “Muitos hospitais, por exemplo, têm fachada de granito com acabamentos de primeira e sequer utilizam a filtragem necessária para atender à normas que já têm mais de 10 anos. Mas o pior é conseguir o alvará para funcionamento sem ter o mínimo necessário, conforme portarias existentes há muitos anos. Espero que um dia todos atendam às normas para que tenhamos um número muito menor de problemas de contaminação via ar condicionado, que acaba virando o vilão, sendo que o culpado são os órgãos do governo que sequer fazem inspeção para liberar alvarás de funcionamento”, desabafa Machado.

Soluções

A Camfil possui várias soluções para filtragem do ar em salas limpas. A empresa oferece filtros de ar que vão desde a entrada do ar nas Unidades de Tratamento de Ar (UTA), passando pela filtragem intermediária (finos) e Absolutos (HEPA), até mesmo complexas soluções em ar limpo, com fornecimento de caixas de filtragem terminal, para dutos, quadros de fixação e até mesmo unidades de biossegurança completas, com controle remoto, para evitar a propagação da contaminação aos demais ambientes.  Nos Estados Unidos e Europa a Camfil é líder no mercado de equipamentos de biossegurança. “Esperamos que essa liderança se confirme no Brasil e América Latina também”, diz Alves.

O engenheiro ressalta que a empresa preza pelo desempenho, confiabilidade e segurança de seus produtos, por exemplo, através de participação em programas setoriais de monitoramento da eficiência reportada dos produtos – como o programa Eurovent de certificação, ou da realização de testes exaustivos para monitorar a qualidade dos produtos. “Não menos importante, a proteção às pessoas e ao meio ambiente se dá como nosso diferencial através de produtos que propiciam economia de energia, reduzem emissão de poluentes atmosféricos e reduzem o impacto no momento do descarte, seja ocupando menos espaço simplesmente ou maior durabilidade dos filtros”, diz. “Nossa obsessão é em ser a opção que apresenta o menor custo total de operação (TCO, em inglês) ao mercado, ou seja, ser a primeira opção quando se pensar em soluções em ar limpo”, conclui Alves.

Redação – Portal Boas Práticas

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