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quinta-feira, abril 18, 2024
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HVAC para Salas Limpas: estratégias para eficiência energética

Utilização de elementos como ventiladores, chillers, filtros com baixa perda de carga, recuperadores de calor e projeto de rede de dutos com baixa perda de carga podem fazer a diferença.

 

A respeito das soluções e estratégias que podem ser usadas para buscar a eficiência energética em sistemas de ar condicionado, o diretor da Neu Luft Humberto Barbato sugere estudar bem a localização do site no que tange latitude/longitude para aproveitamento de entalpia do ar externo, bem como outras informações georeferenciais que poderão ser utilizadas como benefício do projeto. “A disciplina HVAC deve ser estudada no contexto da edificação a fim de que possam ser identificadas ações em nível de projeto de como a disciplina HVAC pode se beneficiar de outras disciplinas, ou beneficiar outras disciplinas do ponto de vista energético, desde a sua geração até a suta transformação e condução”, diz. “Importante que o engenheiro de projeto tenha esta sensibilidade e saiba como aplicá-la através do conhecimento da vasta gama de produtos disponíveis no mercado”, acrescenta.

Segundo Barbato, também é importante que o cliente seja sensível a tais soluções apresentadas pelo projetista, pois o custo destes tipos de instalação será maior que a de projetos que descartam a eficiência energética da premissa, porém, na linha do tempo, haverá o retorno do investimento. “Para estabelecer a solução far-se-á necessário também a análise financeira das implementações como ROI (Retorno sobre investimento), NET (Valor líquido presente) dos retornos/fluxo de caixa futuros de uma implementação a fim de que possa ser calculado o pay back. Enfim, a gestão financeira do projeto e sua implementação é fundamental para o sucesso do empreendimento como um todo”, finaliza.

A utilização de elementos de alta eficiência, tais como ventiladores, chillers, filtros com baixa perda de carga, recuperadores de calor, projeto de rede de dutos com baixa perda de carga são algumas das soluções citadas por José Antônio Scandiuzzi, proprietário da Fluxo Engenharia e Service Soluções Integradas.

Gerson Catapano, da Masstin, explica que vários recursos podem ser utilizados para minimização do consumo de energia, uma vez que estes ambientes são grandes vilões no quesito consumo de energia. No entanto, ele destaca como principais a rigorosa operação das salas dentro dos parâmetros estabelecidos em projeto e uma manutenção do sistema como um todo de forma que o sistema sempre opere conforme estipulado e conforme tenha sido validado.

“Esta citação parece óbvia, mas não é o que encontramos na prática em muitos casos. Como exemplo poderia mencionar vários casos de elevada perda de carga no fancoil gerada por serpentinas de água gelada praticamente obstruídas por sujeira, e que o usuário só percebeu porque não se atingia mais as condições de operação da sala em termos de número de trocas ou gradiente de pressão. Se isto estava ocorrendo, o consumo de energia obviamente era maior que o necessário”, esclarece.

Problemas durante a instalação

Na opinião de Gerson Catapano, a maior parte dos problemas encontrados no decorrer do processo de instalação deve-se a falta de acompanhamento adequado aos detalhes construtivos e testes. “Poderia citar vários exemplos, como: falta de limpeza, falta de estanqueidade na rede de dutos, dificuldades de balanceamento por posição de dampers inadequadas ou até mesmo falta deles, encaminhamentos de dutos inadequados, falta de espaço para operação e manutenção, utilização de flexíveis no lugar de dutos rígidos, falta de vedação, incorreta instalação de filtros, falta de documentação e etc.”

José Antônio Scandiuzzi conta que normalmente a sua principal queixa é quanto a falta de coordenação na fase de projeto entre as diversas disciplinas, principalmente das áreas de arquitetura e construção civil com relação ao peso que tem o sistema de tratamento de ar numa indústria farmacêutica, “o que faz com que sejamos obrigados a fazer projetos que se adequem a um estrutura que foi concebida sem observar com mais cuidado esses elementos. Quando temos a oportunidade de discutir todos esses elementos em conjunto, normalmente conseguimos elaborar projetos mais racionais, eficientes e também mais baratos. “

Humberto Barbato afirma que os problemas costumam surgir por diversos motivos. Dentre eles:

– Quando as etapas iniciais não são bem cumpridas, ou seja, requisições do usuário não são executadas com critério e/ou não são aprovadas;

– Quando o projeto de HVAC é executado sobre um péssimo lay out ou quando o mesmo não tenha sido devidamente estudado e aprovado;

– Quando o projeto não é executado de acordo com as normas vigentes dos organismos reguladores (ANVISA< ENVIMA<MAPA, etc), ABNT, etc;

– Falta de Qualificação de projeto incluindo especificação e compra de equipamentos e componentes; Falta de Plano de Qualificação da Instalação;

– Problemas de má gestão da montagem motivados por cronograma inadequado, organograma da equipe de campo incompatível com as necessidades da obra no que tange qualificação e contingente, etc.

Redação – Portal Boas Práticas – www.boaspraticasnet.com.br

 

 

 

 

 

 

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